A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio da Delegacia de Defraudações (DDEF), em conjunto com o Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado (TCE), realiza, na manhã desta quarta-feira (01/07), a operação Águas Claras. A ação visa cumprir 14 mandados de busca e apreensão contra empresários e funcionários de uma empresa de engenharia, além de agentes e ex-diretores da Cedae, envolvidos em fraudes em licitações nos anos de 2017 e 2018.
As investigações apontaram que o grupo criminoso, que chegou a movimentar R$ 63 milhões com as fraudes, agia praticando dispensa de licitações, assim como superfaturamento na aquisição de produtos. Foi possível identificar ainda que os fraudadores efetuavam pagamento de propina para funcionários e ex-diretores da Cedae, bem como para prefeituras do interior do estado.
Durante a apuração, empresários e ex-diretores foram monitorados constatando os indícios da participação deles nas fraudes. O esquema consistia no uso de informações privilegiadas passadas por funcionários. Eles acessavam o sistema, por meio de senha, e passavam aos empresários o andamento de processos de dispensa de licitação.
Dessa forma, os empresários procuravam os ex diretores da estatal, e após o pagamento de propina recebiam as vantagens indevidas. Os pagamentos eram realizados em dinheiro, uso de cartão corporativo ou mesmo aluguel de carro.