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quinta-feira, abril 25, 2024

Morcegos levam pânico aos moradores de Itaipu, em Niterói, após ataques a cães

Não bastasse o Coronavírus, moradores de Itaipu, Região Oceânica de Niterói, convivem há dois meses com uma onda de ataques de morcegos.

Dá espécie hematófagos (que se alimentam de sangue) a animais domésticos, no período de maio a julho, mais de dez cães foram mordidos na região em ataques sempre à noite ou de madrugada.

A situação tem deixado os moradores do bairro em alerta devido ao risco de transmissão do vírus da raiva.

Conhecido como morcego-vampiro, os animais fazem suas colônias somente nas zonas de mata, como é o caso da localidade afetada, que fica junto ao Parque Estadual Serra da Tiririca (Peset).

Os moradores contam que, em junho, ao ser acionado para visitas sanitárias nas casas, representantes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da prefeitura confirmaram que as lesões nos animais eram provenientes de mordidas de morcegos e que o procedimento mais adequado seria vacinar todos os animais domésticos que vivem num raio de cem casas dos locais onde ocorreram os incidentes.

Mas, ainda segundo os moradores, os agentes disseram que isso não seria possível porque a Secretaria estadual de Saúde não havia fornecido vacinas antirrábicas ao município este ano.

Enquanto a situação não se resolve, os donos dos pets atacados estão levando os animais ao veterinário para vaciná-los.

É o caso de Cláudia Ruiz, moradora do bairro e que teve dois cachorros vítimas dos ataques dos mamíferos.

“No início, achei que eles estavam pisando em algum vidro quebrado ou algo do tipo. Só descobri que eram ataques de morcego quando um vizinho viu um deles mordendo a pata do seu cachorro e, quando me mostrou a lesão, percebi que era idêntica às dos meus. Nunca vi nada parecido desde quando passei a morar aqui, em 1995”, revela.

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) não respondeu se há vacina em seu estoque, mas informou que aguarda posição do governo estadual para iniciar o planejamento da Campanha de Vacinação Antirrábica, uma vez que a Secretaria estadual de Saúde é a responsável pela distribuição das doses.

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