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quinta-feira, abril 25, 2024

Menino João Pedro completaria 15 anos nesta terça-feira

João Pedro tinha 14 anos (Arquivo pessoal)

O menino João Pedro Mattos Pinto, morto durante uma operação policial conjunta entre as Polícias Civil e Federal no dia 18 de maio, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, faria 15 anos nesta terça-feira (23).

Em uma rede social, a mãe do menino, Rafaela Mattos, postou um vídeo com imagens de João e fez um desabafo emocionado no dia em que o adolescente completaria mais um ano de vida:

“Peço a Deus que continue nos dando forças pois, a cada dia, a cada data comemorativa, a dor só aumenta e a sua ausência nos faz muito mal. Agradeço a Deus pelo privilégio de ter sido escolhida para ser a sua mãe, aquela que cuidou e amou até onde foi permitido. Agradeço a todos que tem nos ajudado nesse momento tão difícil, não tenho palavras, que Deus abençoe todos vocês”

A vida de João Pedro foi encerrada de forma trágica. Ele estava brincando com amigos em casa quando foi alvejado. A perícia apontou que a casa onde a família vivia no Salgueiro ficou com mais de 70 marcas de tiro.

Desde o ocorrido, as investigações para elucidar o crime têm sido conturbadas. A perícia confirmou que a cena do crime foi alterada e os depoimentos dos policiais que estavam presentes no dia da operação apresentam contradições com as versões apresentadas pelas vítimas.

O delegado responsável pela investigação do homicídio do adolescente estava na operação das polícias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, que culminou na morte do menino. Allan Duarte, que é titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), estava no grupo de policiais que entrou na favela, no dia 18 de maio, dentro de um veículo blindado da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Recentemente, uma testemunha do caso reclamou em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro que teve seu depoimento à polícia modificado e que não havia identificado a presença de nenhum criminoso armado na cena do crime.

Em depoimento dado ao Ministério Público, os cinco jovens que estavam no interior da casa com João Pedro no momento do crime disseram que viram policiais derrubando o portão e entrando no imóvel, antes de ordenar que se deitassem no chão.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil público para investigar a participação de agentes federais no caso e a família espera que seja feita justiça no caso.

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