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quinta-feira, abril 25, 2024

Maricá repara danos causados pela ressaca em Cordeirinho

Cada placa metálica tem 12 metros de comprimento e o material vem sendo utilizado desde 2019. (Foto: Divulgação)

Parte das primeiras estacas-prancha instaladas pela Prefeitura na região litorânea de Maricá foi danificada durante o fim de semana, em razão da forte ressaca que atingiu a orla da cidade e cujas ondas chegaram a 5 metros de altura. O trecho atingido fica entre as ruas 64 e 66, em Cordeirinho, e teve algumas peças retiradas numa extensão de 150 metros, de um total de 712 metros (o restante permanece intacto).

Cada placa metálica tem 12 metros de comprimento e o material vem sendo utilizado desde 2019 na revitalização da orla de Itaipuaçu, onde ajudou a acabar com um histórico de danos causados por ressacas.

Técnicos da autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar) estiveram no ponto atingido pela força da ressaca nesta terça-feira (03), onde avaliaram que o prejuízo poderia ter sido ainda maior sem a presença das estacas-prancha.

O diretor operacional de obras indiretas, Gustavo Camacho, explicou que o dano nas placas ocorreu porque a obra ainda está em andamento no local e que os reparos deverão começar logo que o mar esteja novamente em seu nível normal, o que está previsto para ocorrer entre o fim desta semana e o início da próxima. O processo de implantação das estacas é feito em dois estágios. No caso do local afetado, o estaqueamento ainda estava no primeiro estágio e, por isso, as peças estavam visíveis acima da areia.

Gustavo Camacho esclareceu ainda que, ao contrário do que foi veiculado em parte da imprensa local, o valor de aquisição das estacas-prancha (de aproximadamente R$ 53 milhões) não foi calculado com base no preço de cada peça, mas pelo peso total do montante, que foi de 4 mil toneladas (ou 4 milhões de quilos). Cada quilo das placas metálicas custou pouco mais de R$ 13, perfazendo o total orçado. A peça individual pesa, segundo os técnicos, 475 quilos.

Além de Itaipuaçu e Cordeirinho, as estacas-prancha foram instaladas também às margens do canal de Bambuí, sendo uma técnica consagrada de controle e estabilidade de taludes costeiros. Já foram implantados 4.900 metros de estacas (mais de 8.100 peças), cada uma com 60 cm de largura. O material usado nas estacas, o aço naval, tem uma aparência de ferrugem, mas isso é uma característica física, sendo a camada externa uma proteção ao ataque da corrosão.

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