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quarta-feira, abril 24, 2024

Luto no samba: Nelson Sargento morre aos 96 anos por complicações da Covid-19

O sambista deixa cerca de 400 canções e parcerias com Cartola, Carlos Cachaça, Zé Kéti e Paulinho da Viola (Foto: Divulgação)

O sambista Nelson Sargento morreu nesta quinta-feira (27) aos 96 anos no Rio, em decorrência da Covid-19. Segundo a assessoria do artista e do Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele fechou os olhos em definitivo por volta das 10h45.

“Apesar de todos os esforços terapêuticos utilizados, o óbito ocorreu as 10:45 minutos dessa quinta-feira, 27 de maio de 2021. Nelson Matos era paciente do INCA desde 2005 quando foi diagnosticado e tratado câncer de próstata”, disse a nota.

Sargento havia sido transferido para a UTI no sábado (22) após testar positivo para a Covid-19. O quadro de saúde dele era considerado grave.

O cantor e compositor estava internado no INCA desde o dia 20, com um quadro de desidratação, anorexia e “significativa queda do estado geral”, segundo o boletim médico divulgado nas redes sociais de Nelson Sargento.

Ele havia recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19 em fevereiro, no Rio. Um estudo da Vebra Covid-19 divulgado em 18 de maio aponta que a efetividade da vacina entre os que têm mais de 80 anos é menor que a eficácia global de 50,7%, encontrada nos estudos do Instituto Butantan.

Nelson Sargento também era escritor, ator e artista plástico. Ele era o presidente de honra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira.

Um dos principais nomes da cultura do samba e do Carnaval, Sargento compôs “As Quatro estações”, samba-enredo da Mangueira em 1955 – a escola ficou em segundo lugar no Carnaval carioca.

Ele chegou na escola com 18 anos, quando integrou-se à ala dos compositores da Estação Primeira de Mangueira, onde seria presidente de honra e desfilaria ininterruptamente até 2020.

No Carnaval de 2019, quando a Mangueira conquistou seu último título, com um enredo que enfocava personagens esquecidos pelos livros de história, desfilou representando Zumbi dos Palmares.

Ele tinha cerca de 400 canções e fez parcerias com amigos como Cartola, Carlos Cachaça, Zé Kéti e Paulinho da Viola.

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