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terça-feira, abril 16, 2024

IML faz palestra para melhorar atendimento a vítimas de crimes sexuais em Niterói

A intenção é qualificar profissionais para humanização no atendimento e acolhimento das vítimas

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Uma série de palestras educativas sobre os atendimentos médico-legais para vítimas de violência sexual e agressão física começou neste sábado (15), no Posto Regional de Polícia Técnico-Científica (PRPTC), em Niterói.

A primeira palestra debateu a experiência obtida com o projeto Sala Lilás, inaugurado na unidade em agosto de 2020 por meio de uma parceria entre as prefeituras de Niterói e Maricá, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) e a Polícia Civil.

O local conta com psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes sociais

O espaço é voltado para mulheres e crianças até os 14 anos que sofrem agressão física ou violência sexual e oferece acolhimento humanizado, direcionando as vítimas para realização de exames e atendimentos hospitalares.

De acordo com o diretor do PRPTC, Thiago Vilar, essa é a primeira palestra de uma série de outras que serão realizadas com objetivo de capacitar todos os profissionais para atuarem diretamente com as vítimas.

Cada sala tem o objetivo de diminuir a sensação de insegurança e medo das vítimas

“A Sala Lilás é toda adaptada e conta com profissionais preparados para lidarem com as vítimas. O objetivo com essas palestras é que os palestrantes possam compartilhar suas experiências com os demais servidores da unidade para que nós possamos ter, desde chegada da vítima ao nosso posto, um processo de acolhimento mais humano e correto, fazendo com essa vítima se sinta segura e acolhida em nosso espaço”, afirma.

Atualmente, a Sala Lilás conta com psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes sociais, que lidam diretamente com as vítimas que são encaminhadas ao local.

Com uma decoração especial, o espaço oferece um ambiente e abordagem diferenciados com objetivo de diminuir a sensação de insegurança, medo e fragilidade das vítimas que sofreram com as agressões.

Um dos palestrantes do ciclo de formações educativas, o servidor do PRPTC, Cloude Jacques Chambriard, destacou a importância dessas ações para capacitar os profissionais da unidade.

“Um dos objetivos da palestra é mostrar a evolução histórica do tratamento da mulher na lei, passando desde a Lei Maria da Penha até o surgimento das Delegacias de Atendimento às Mulheres (Deam), mostrando como as nossas noções de acolhimento às mulheres nesses espaços policias foram evoluindo ao longo do tempo. Quando a gente consegue entender essa perspectiva histórica, conseguimos compreender mais facilmente a importância do trabalho que realizamos”, afirma o especialista.

O projeto da Sala Lilás do PRPTC de Niterói é o segundo implementado em todo o estado, depois do posto da Leopoldina, na Zona Norte do Rio.

De acordo com Denise Rivera, assessora especial da Secretaria de Polícia Civil do Estado do Rio, o objetivo é que o projeto possa ser expandido para outros municípios.

“Nós vamos estender essa iniciativa para outras cidades, como Petrópolis e Campos. Queremos colocar esse serviço também no interior. A nossa ideia é aumentar o número de postos que tenham a Sala Lilás”, disse.

A assessora destacou que esses projetos são importantes porque também realizam a coleta de dados para formulação de estatísticas sobre violência sexual e agressão física contra mulheres e crianças, que serão utilizados para elaboração de políticas públicas de proteção e garantia do direito das vítimas.

“Os dados sobre atendimento são deturpados. Todos os formulários passam pela Secretaria de Saúde, mas não passam pela Polícia Civil. A gente fica com os dados que nós temos durante os atendimentos da Sala Lilás, mas fora do horário de funcionamento as vítimas são atendidas fora da sala. Com isso, a informação do atendimento não é passada para a Polícia Civil, o que gera essa defasagem. Nós vamos passar a corrigir isso agora”, destacou.

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