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quinta-feira, abril 25, 2024
Uma das vítimas sofreu ferimentos e precisou ser levada para o Hospital Municipal Conde Modesto Leal (Foto: Divulgação)

O Hospital Municipal Conde Modesto Leal completou neste domingo (06/12) 84 anos de história na Rede de Urgência e Emergência da Saúde Maricá e apoio no atendimento dos moradores das regiões Leste Fluminense e Costa do Sol. A unidade atualmente tem 105 leitos e emergência nos setores de trauma, pediatria e maternidade.

De janeiro a setembro deste ano, foram realizadas 3.920 internações e 854 partos. No mesmo período, o número de atendimentos chegou a 69.726. O total de procedimentos de urgência e emergência de janeiro a setembro foi de 1.116, enquanto os procedimentos eletivos somam 596 e os exames, 945 exames.

Para o diretor médico do Conde, Glauco Pontes, que há 15 anos integra a equipe do hospital, a pandemia apresentou o maior desafio: seguir atendendo todas as demandas de rotina e conciliar isso com a chegada de pacientes com Covid-19.

“Estivemos a postos e sempre preocupados com a segurança dos nossos profissionais e dos pacientes, organizando os fluxos de passagem e salas. Foi uma tarefa árdua, que fomos aprendendo aos poucos, corrigindo os erros, e estamos conseguindo sair desse momento com a sensação de que fizemos um bom trabalho. Alguns procedimentos considerados eletivos pelo Ministério da Saúde, cujos adiamentos não poriam em risco a vida do paciente, foram inicialmente suspensos, mas estão retornando de forma gradual, sempre pensando em não aumentar o contágio pela Covid- 19”, assegura o médico.

É importante destacar que hoje o Conde possui sete leitos com respiradores e cinco de enfermaria para pacientes com Covid-19 em estado grave e que não têm condições de serem transferidos. No início da pandemia, eram 15 leitos para Covid-19 com respiradores e cinco de enfermaria. Com o suporte do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, esse número pode diminuir.

Reformas e ampliações

Algumas obras foram realizadas na unidade neste ano, como a ampliação do setor de trauma, que passou de três para 10 leitos, além da reforma da sala de sutura, no mesmo período. A sala de atendimento da ortopedia está em obras, e há previsão também de ampliação e reconstrução do setor de pediatria, que se tornará um espaço completo para atendimento e internação, totalmente humanizado e acolhedor.

A nova pediatria será transferida para o espaço do antigo Centro de Diagnóstico e Tratamento do município – que hoje acolhe setores de apoio da unidade. O novo espaço contará com lactário, aumento do número de leitos, duas enfermarias, trauma infantil, dois isolamentos, sala de nebulização, emergência separada e espaço recreativo.

Sabrina Martins, moradora de São José do Imbassaí, deu à luz ao pequeno Ayvan na maternidade do Hospital Municipal Conde Modesto Leal. Mãe também da Aylla, de 1 ano, ela comentou que não teve uma boa experiência no primeiro parto, mas em Maricá foi muito bem tratada.

“Sobre a maternidade de Maricá, eu amei. O enfermeiro obstetra que fez meu parto foi atencioso, conversou muito comigo e ficou ao meu lado o tempo todo. Meu parto foi ótimo e o pós-parto também, não tenho do que reclamar. Os pediatras e as enfermeiras foram ótimos também, cuidaram bem do meu filho, me explicaram tudo direitinho. E também amei a psicóloga da maternidade. Me trataram como princesa, lá estava melhor do que hospital particular”, comentou Sabrina.

O Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), o Melhor em Casa, é outro setor fundamental, que viabiliza a desospitalização, proporcionando plano de cuidado terapêutico com atendimento médico, de enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, assistência social e dentário.

Fernando dos Santos Oliveira, de 42 anos, morador da Colina, é um dos pacientes que recebem o atendimento da equipe multidisciplinar em casa. O paciente foi atendido no Hospital Conde Modesto Leal devido a queimaduras de segundo grau, que atingiram 40% do seu corpo, e foi direcionado para o SAD para o tratamento das feridas.

“A Equipe do Melhor em Casa está fazendo um ótimo trabalho. Recebo cuidados para os curativos, fisioterapia, nutrição e fonoaudiologia. Mesmo com chuva eles estão aqui. Agradeço também aos profissionais do Hospital Conde Modesto Leal, do médico ao faxineiro. Fiquei no trauma durante 10 dias e mais oito no pós-cirúrgico”, lembrou o pedreiro, que sofreu o acidente em maio.

Curiosidade histórica: o imóvel que abriga o hospital foi a residência do conde João Leopoldo Modesto Leal, que fez fortuna como banqueiro, comerciante, empresário e chegou a ser senador da República. O hospital, no entanto, só recebeu seu nome anos após a inauguração

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