A amizade com policiais pode ter motivado a morte de Rodrigo Domingos da Silva, mais conhecido como Foca, morador de Itaboraí. Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí identificaram como sendo dele o corpo carbonizado encontrado dentro de um carro oficial do Estado. O veículo – que foi abandonando no bairro
Caluge, em Itaboraí, no dia 29 de agosto – estava cedido à 1ª Corregedoria Regional de Polícia do Interior (CRPI) de Niterói.
Segundo amigos da vítima, que preferem não se identificar, Rodrigo Foca trabalhava como instalador de insulfilm, mas também fazia pequenos reparos mecânicos em veículos. Entre seus clientes havia policiais civis e militares.
“Foca sempre foi um cara batalhador, corria atrás do dele. Fiquei chocado com a sua morte e da maneira como ocorreu. Mas é complicado falar qualquer coisa. Somos reféns da violência aqui”, disse um amigo que prefere o anonimato.
O medo de quem vive em Itaboraí tem explicação: traficantes e milicianos disputam o controle do território em diferentes comunidades do município. Em algumas delas, há inclusive uma espécie de consórcio entre os grupos, formando a chamada narcomilícia.
Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí agora tentam identificar quais dos dois grupos têm envolvimento na morte de Rodrigo Foca e se sua proximidade com policiais pode ter sido o fator motivador para o crime.
