A partir da meia-noite desta quarta-feira (19), a Guarda Municipal de São Gonçalo fará paralisação de 12 horas, reivindicando a volta do GDP – Gratificação Desempenho Funcional – e da alíquota previdenciária sobre o risco de vida.
De acordo com lideranças da GM, 200 guardas municipais estarão presentes na manifestação programada para às 8h em frente à Prefeitura Municipal de São Gonçalo.
“A nossa reivindicação nesse momento é sobre o GDP e o risco de vida. Eu, por exemplo, paguei 23 anos de GDP e risco de vida, e em um ato de covardia do Executivo, esse benefício foi cortado”, protesta um guarda municipal que pediu anonimato.
Segundo ele ainda, a suspensão desses dois benefícios, vão prejudicar servidores municipais com anos de serviços prestados à segurança pública e que estão prestes a se aposentar.
“É revoltante! Nós sofremos com condições precárias de trabalho, tendo colegas inclusive que tiram dinheiro do próprio bolso para comprar coturno e uniformes. Sem falar que a arrecadação do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de São Gonçalo (IPASG), caiu consideravelmente”, diz.
E completa:”Isso é um absurdo, já que não há ônus algum aos cofres públicos, ou seja, a Prefeitura Municipal de São Gonçalo, não vai ficar mais rica ou mais pobre em virtude disso”, conta.
De acordo com um outro guarda municipal, a situação em São Gonçalo é tão crítica a ponto de repensar se valeu ou não à pena anos de dedicação.
“Para se ter um ideia, em Itaboraí há uma quantitativo de 300 guardas para uma população de 300 mil habitantes, e aqui em São Gonçalo, 300 guardas cuidam de mais de um milhão de pessoas. Entendeu, a diferença?, pergunta em tom irônico o servidor.
O Lado de Cá recebeu fotos da sede da Guarda Municipal de São Gonçalo, localizada no bairro da Venda da Cruz, no antigo 3° BI, uniformes rasgados como camisa, calça e coturno, e ouviu reclamações dos profissionais, que pedem reconhecimento.