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sexta-feira, março 29, 2024

Filhos que não amam os pais

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Aos meus caros leitores, o meu olá!

As meninas, que de alguma forma, se identificam. Espero de coração, que todos apreciem a leitura de hoje. Acredito ser interessante sabermos lidar com os nossos sentimentos.

Como devemos acolher a opinião ou o afago do outro?

Dentro do nosso universo do direito há essa possibilidade de “cobrança”?

Como deixar de lado o amor de um filho, de uma mãe ou do próprio pai?

Há leis para impor esta realidade? Enfim, todos nós queremos ser amados ou amadas. E, em muitos casos, nos deparamos em um impasse. Envolvidos de tal maneira, que o chorar pode ser de alívio, gratidão ou muita falta de amor.

Dentro das nossas leis temos deveres e responsabilidades. Ações que nos cabe e ações que nos são impostas diante de nossas omissões.

Vamos falar de amor. Mães ou pais que amam seus filhos e cometeram erros. E filhos que não amam os pais (pai e mãe). Até aonde vai a responsabilidade de ambas as partes?

Amo nossas leis, me perdoem se sou explícita ao declarar minha satisfação de lidar com as mesmas. Este caminho foi o que escolhi para saber lidar com o mundo. O nosso mundo!

Muitos pais e mães se perguntam, o que fez de errado para merecer a indiferença ou falta de amor de um filho? Afinal eles (os pais), lhe deram de tudo! Ou “ tudo que estivesse ao seu alcance. E como é sofrido esse questionamento. Pais se sentem impotentes ao ver um filho, filha, filhos ou filhas… Passarem a sensação de que vivem muito bem sem a presença de seus pais. Os filhos tem essa “ obrigação” de ama-los ?

Diante da nossa jurisprudência, NÃO! Não, eles não tem obrigação de amar os pais quando se tornarem adultos. Por mais penoso que possa parecer. Não existe nada que os obrigue a tão generoso sentimento. Amar e ser amado é lindo… É mágico, é divino. Principalmente quando o relacionamento é entre pais e filhos.

Vamos saber o que a lei nos diz:

O Estatuto do Idoso surge como uma forma de regular e detalhar o Artigo 229 da Constituição Federal, que define “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.

De todo modo, vejamos. Amor é uma construção.

No amor, envolve: afeto, desenvolvimento da empatia, reciprocidade, doação e GRATIDÃO.

Se houver, ao longo dos anos, o sentimento de gratidão, este filho continuará sendo o filho, que foi sonhado desde a gestação, ou muito antes dela, pois há mães que sonham anos ter aquele filho, e que por falta de respeito, entendimento ou pior, comunicação. Ambos não se tratam mais com respeito. E aquele tão sonhado rebento não é grato ao que lhe foi feito desde a sua infância, não enxerga mais nada, que foi se desapegando, até que um dia. Este filho te coloca enfrente a um asilo e sai correndo.  Citei o sair correndo, pois há pais ou mães optam por largar seus filhos em uma maternidade, em um lar orfanato ou desistem deles ainda em fase de desenvolvimento, a fase indefesa de uma criança e saem correndo de suas responsabilidades.

Por que achei interessante colocar para todos as suas histórias opostas?

Há um momento na vida que devemos saber o que nos cabe e aonde somos aceitos. O amor não pode ser forçado, mas a responsabilidade sim. Temos leis para isso.

Mães e pais serem responsáveis por seus filhos até a fase adulta e os filhos após adultos, se tornarem responsáveis por seus pais idosos ou enfermos. Não tem como fugir dessa realidade para ambas as partes envolvidas em sua esfera familiar. Por mais que “aquele filho“ não tenha sido o planejado na gestação, por muitos, cujo já ouvi a frase em um dos meus atendimentos, compararam o fato de ter um filho, como erro de percurso. Infeliz e lamentável exclamação. E filhos que citam não entender e até chegam a ter raiva, do que diz o nosso estatuto do idoso. Negam a sua descendência, por achar que tiveram péssimos pais, então questionam o porquê, em ter a OBRIGAÇÃO, de cuidar ou arcar com os cuidados destes pais ou mães idosas.

Entendo que possa haver ao longo de toda caminhada inúmeras situações que ambos, para poderem se entender, precisariam de ajuda psicológica ou até de uma orientação amiga.

Situações que poderiam ter terminado na paz e todos em paz. Como seria belo e translúcido o olhar para o sentimento, para o amor.

Então vou colocar uns pontos, que estão fora do direito e que deveríamos olhar mais para dentro de si. Do que só olhar que lhes convém.

Filhos que não amam os pais… Há até uma obrigação Divina, na bíblia cita, nas pessoas que vêem a vida com mais cor ou com olhar mais brando aos problemas. Pais se perguntam, porque não há mais amor, e se indignam, e ficam se lamentando… Nos textos religiosos, lembro de um bem usado fielmente e muito usado da boca pra fora!

Honra teu pai e tua mãe para que se prolonguem os teus dias na terra, que o Senhor, Teu Deus, Te dá” Êxodo, 20:12. A família é a unidade mais básica da vida. “

Pois a família é a unidade base e básica da vida!

Muitos relatam ter filhos ingratos, pois as mães geraram, tiveram muitas horas de dores e até risco de vida em seus partos. Cuidaram. Financiaram, suas vestes e seus estudos. Trabalharam para lhe alimentar, te proporcionar saúde, bem estar, teto e ainda lhe proteger durante muitos e muitos anos. Mas, e daí? Tem filhos que não acham entendimento nas palavras de seus pais, não lhes escuta mais, lhes nega a formação por ter uma superior ou em um dado momento de suas vidas, acharam que seus pais fossem pessoas ruins, por querer lhe ver crescer, por tentar orientar um caminho e por lhe indicar uma profissão que talvez você os culpe, por não ser bem sucedido ou infeliz com mesma.

Muitos na nossa sociedade, entendem que o filho tem uma dívida “impagável” com eles. E logo vem o julgamento, se é correto ou não, cada um em seu lado e determinado momento de vida, vai colocar na sua balança umbilical e entender ou não. Não cabe ninguém julgar ninguém! Sua grande maioria em sociedade, que também é cheia de seus próprios pecados e tropeços, se perguntam. Como assim um filho não amar os pais?

Cabe a nós entender que o amor vem do coração é um sentimento, e não uma razão ,dita a ser obrigada a ter que existir. A razão não significa que você vai ter propriamente o amor.

No mundo em que vivemos, é difícil ser pai e mãe, não há perfeição, há erros, acertos e muitas atitudes erradas em meio as tentativas de querer acertar. Esta relação é muito intensa.

Ser filho é difícil, imagina sermos bons filhos? Com certeza haverá conflitos nessa caminhada.

Há em ambas as partes sentimentos onde o egoísmo, o nervosismo, os traumas, a insatisfação, a não compreensão com certeza vai afetar diretamente o afeto, o amor pode acabar sim. Pois ao olhar dos filhos que justificam o “ não ter mais amor”, pode, de todo modo, afirmar que por mais que tenha recebido, estudo, cama, teto, não foi mais do que obrigação de pai e mãe, este filho diz, não ter pedido para nascer. Quantos de nós, ao longo de nossas vidas já ouvimos frases ou relatos assim? Os pais para responder algumas perguntas, devem se fazer perguntas. Será que ao sermos pais cobramos demais, falamos demais, sufocamos demais. Será que um dia fomos violentos, ofensivos ou achamos que o filho já adulto merece ouvir tudo que lhe insatisfaz de forma pacífica, sem que estas práticas não lhe causem mágoas, estranheza ou aversão. É complexo e muito complicado. Somos todos seres humanos e temos que admitir que mesmo sendo filhos ou pais, todos somos falhos. E que deveríamos pedir e praticar o perdão? Há filhos que acham que você deu mais atenção há outros filhos e esqueceu deste em questão. Como entender o que passa na mente do outro? Se não houver perguntas, nunca haverá respostas para o bem comum. As cobranças e as reclamações também desgastam o relacionamento. Ocasionando o afastamento, pois estar juntos já não é tão prazeroso ou gratificante como antes. E muitos filhos, desta forma, vão seguir suas vidas. E amar cada dia mais a distância. Infelizmente, pode acontecer, pode o filho não lhe achar mais agradável e o perto não é uma opção.

“Há, mas aquela pessoa lhe fez tanto…”

Vamos com calma também, é viável a esse filho ser grato, respeitar seus pais e se responsabilizar quando os mesmos estiverem idosos. Onde quero chegar… Nossas leis os vão fazer lembrar que seus pais ainda estão vivos e podem estar precisando dos filhos de alguma forma. Abandono é crime!  Tantos para os pais, caso abandonem seus filhos ou os filhos abandonarem seus pais. Portanto, por mais que não exista amor, o dever de fazer o seu papel vai existir. (Cabe a ambos em suas determinadas etárias de atuação).

Enfim, para concluir, algo há, tanto os pais, quanto os filhos devem se questionar, o que houve para haver o afastamento? A culpa é de quem? Há culpados?  Foi eu quem provoquei essa situação? Há um jeito de ficar tudo bem?

Todos nós seres humanos gostamos de amar, de dar afeto, de sentir e saber que o outro está bem ou que o outro se importa comigo. Gostamos dessa sensação maravilhosa de amar o outro, da paz que nos traz. Não rejeite mais, não adie mais essa conversa ou esse abraço. Pratique a Gratidão! Que tudo ficará bem. Tudo se fará novo em sua vida! O ódio, a mágoa e o rancor, não nos acrescenta, aliás só adoece os envolvidos. Não tenha receio de dar o primeiro passo. Siga enfrente e busque a felicidade. Já não há ninguém feliz em sua plenitude. Busque pelo menos, alguns momentos que a vida lhe proporcionar.

Beijos e até a próxima semana. Se protejam. E vamos amar mais uns aos outros. Principalmente se o outro é seu parente em linha reta em seu grau de parentesco.

Família é benção! Acredite!

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