Estiagem prolongada afeta captação de água em Maricá

Águas do Rio investe em soluções para minimizar impactos

A prolongada estiagem no estado do Rio de Janeiro tem comprometido a captação de água em Maricá, na Região Metropolitana. Segundo a concessionária Águas do Rio, o nível dos mananciais que abastecem a cidade, como o Rio Doce e o Rio Ubatiba, apresentou uma redução significativa, atingindo 10% e 60% respectivamente. O sistema Imunana-Laranjal, operado pela Cedae, também se encontra em alerta, podendo sofrer redução caso o regime de chuvas não se normalize.

Para enfrentar essa crise hídrica, a Águas do Rio tem investido em tecnologia e projetos de modernização. Entre as ações destacam-se o uso de imagens de satélite e pesquisas com geofones para identificar vazamentos e combater o desperdício de água. Apenas em agosto, 300 pontos foram mapeados em Maricá, e 200 vazamentos foram consertados, resultando na economia de 119 milhões de litros de água.



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A concessionária também realizou obras de ampliação e modernização da Estação de Tratamento de Água (ETA) Ponta Negra, aumentando em três vezes a capacidade de abastecimento para cerca de 60 mil moradores de 20 bairros. Além disso, a interligação de uma nova tubulação para os distritos de Itaipuaçu e Inoã e a operação de um tanque de água de reúso, com capacidade para 60 mil litros, estão entre as iniciativas implementadas para mitigar os efeitos da escassez hídrica.

Diógenes Lyra, diretor-executivo da Águas do Rio, destacou a necessidade de um esforço conjunto para enfrentar a estiagem: “Dependemos que o regime de chuvas na bacia do manancial se normalize. E, como plano de ação, estamos reforçando a quantidade de caminhões-pipa para a região. Mas pedimos o apoio dos moradores para que usem água de forma consciente.”

A empresa já investiu cerca de R$ 70 milhões em Maricá nos últimos três anos, beneficiando mais de 135 mil pessoas, sendo que 23 mil passaram a ter água pela primeira vez em suas torneiras. Para o futuro, está previsto um novo sistema de bombeamento que será concluído em 2025, beneficiando os distritos de Inoã e Itaipuaçu, além de estudos de viabilidade sobre o uso de dessalinização para auxiliar na universalização do abastecimento na cidade.

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