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quinta-feira, abril 18, 2024

ELEIÇÕES 2020 SG – Entrevista com o candidato Capitão Nelson: ‘Vou ajudar São Gonçalo a se tornar a cidade que queremos para o futuro’

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No quinto dia da série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de São Gonçalo, o Lado de Cá conversa com Capitão Nelson (Avante), de 62 anos. Morador do Pacheco há 58 anos, ele foi fuzileiro naval antes de ingressar nas fileiras da Polícia Militar do Estado do Rio, onde se tornou oficial. Vereador eleito em 2004, ocupou o cargo no Legislativo Municipal por mais três mandatos e uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde se notabilizou por viabilizar a implantação do Programa Segurança Presente em São Gonçalo.

Lado de Cá – Por que o senhor quer ser prefeito de São Gonçalo?

Capitão Nelson – Sou morador de São Gonçalo há 58 anos, vivo no mesmo endereço até hoje. Além de ter mais de 25 anos de carreira militar, me elegi a vereador pela primeira vez em 2004, sendo reeleito por três vezes. Durante meu mandato como deputado estadual, aumentei o efetivo e trouxe mais viaturas para o município. Consegui trazer dois colégios cívico-militares, um no Alcântara e outro no Galo Branco, além da implantação do Segurança Presente, com bases no Centro e em Alcântara. Levando em conta toda a experiência que adquiri ao longo da minha vida pública, acredito que posso colaborar para a mudança de nossa cidade. Assim como na primeira vez em que me candidatei a um cargo público, eu me senti na obrigação de concorrer a este cargo. Depois de muito conversar com amigos e familiares, decidi me candidatar. Acredito que posso colaborar com reformas estruturantes e não eleitoreiras, como muitos fazem, para transformar São Gonçalo, de fato, na cidade que queremos para o futuro.

Lado de Cá – Caso eleito, em sua opinião, quais são os maiores desafio que o senhor terá pela frente?

Capitão Nelson – O município precisa de uma gestão compromissada. Nossa cidade tem problemas nas questões relacionadas à segurança pública, educação, ruas sem pavimentação e falta de assistência na área da saúde, isso tudo são problemas que precisam ser solucionados. Apesar de saber que teremos dificuldades, posso dizer que vamos vencer cada uma delas, porque me dediquei, nos últimos anos, a estudar a cidade de forma profunda. O maior problema do município, que não é nenhum segredo para ninguém, é a questão da Segurança Pública. O meu plano de governo contempla, justamente, a expansão do programa Segurança Presente, que eu trouxe para o município enquanto deputado estadual, por meio de articulação política. O programa, hoje, atua nos bairros do Centro e de Alcântara. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), a evolução da Segurança Pública nestes locais é notável. Nos últimos seis meses de atuação do programa, por exemplo, o número de roubos a veículo diminui 58,6% nos dois bairros; o de roubos em geral, em 50,8%; crimes em roubo coletivo, 41,4%; roubo de cargas, 33,9%; furto, 28,9%; e crimes violentos letais, 11,50%. É público. Compare os dados recentes do ISP deste ano com os do último ano. Pergunte para os comerciantes e moradores destes dois bairros sobre o programa. Queremos e vamos, quando estivermos na cadeira do Executivo municipal, expandir esse programa que tem feito sucesso, não só aqui em São Gonçalo, como em cidades vizinhas como Niterói e Rio de Janeiro.

Lado de Cá – Um dos grandes problemas em São Gonçalo é a mancha criminal consolidada nos números do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP). Como o senhor pretende combater esse ‘câncer’ que se chama violência na nossa cidade?

Capitão Nelson – Como disse na pergunta anterior, a solução imediata é, sem dúvidas, a expansão do Programa Segurança Presente, que o município deve e pode participar. Além disso, tenho buscado recursos para implantar no município. No primeiro momento, pretendo instalar câmeras de monitoramento por toda a cidade, formando um Centro Integrado de Controle e Monitoramento, similar ao que foi feito em Niterói. Elas vão auxiliar na fiscalização, possibilitando assim uma maneira mais eficaz e rápida nas questões relacionadas à segurança dos cidadãos. Além disso, vamos aumentar o efetivo de agentes da polícia, atualmente temos cerca de 150 homens nas ruas. Isso é muito pouco, menos, por exemplo, que o 2º BPM (Botafogo), um único bairro da capital. Levando em conta a enorme população que reside na cidade, tudo isso já temos calculado e é viável.

Lado de Cá – Apesar da cidade ter completado 130 anos em setembro, não há motivos para se comemorar. O que fazer para devolver ao gonçalense a alegria de morar aqui?

Capitão Nelson – Existe muito trabalho a ser feito, mas precisamos apoiar as empresas que atualmente estão na cidade a permanecerem, além de atrair novos empresários para nosso município, podendo assim movimentar a economia e gerar mais empregos, para que não exista a necessidade de que nosso povo tenha que ir buscar vagas em locais vizinhos. Além disso, para pensar no futuro e construirmos a São Gonçalo que queremos, vamos disponibilizar uma educação de qualidade, uma vez que as crianças são o alicerce de qualquer sociedade. É claro que a situação financeira da cidade não é das melhores. Pelo que tenho estudado, isso se deve, principalmente, a situação fiscal do nosso município. São Gonçalo parou no tempo. Na era da informação e digitalização, nosso município arrecada ainda no papel, no boleto. Isso não pode existir, o dinheiro do cidadão está indo pelo ralo, simplesmente por preguiça em se modernizar. Acreditamos que com a modernização de nossa gestão, o enxugamento do quadro da prefeitura e, de fato, valorizando quem deve ser valorizado, os servidores públicos de carreira que são a memória do Executivo Municipal, conseguiremos aumentar nossa arrecadação. Vamos cortar gastos e combater a corrupção. A partir disto, poderemos, finalmente, realizar os investimentos que necessitamos, por exemplo, nas áreas de Segurança Pública, Educação e Cultura.

Lado de Cá – Qual a mensagem que o senhor quer deixar para os 1.091.737 gonçalenses?

Capitão Nelson – É preciso saber escolher. Uma boa cidade não se constrói apenas com boas ideias. O primeiro passo para a transformação municipal é consciência de voto. Estude suas opções, estude os candidatos. A partir do momento em que isso for feito, tenho certeza que estaremos juntos para o trabalho dos próximos quatro anos, que serão duros, mas serão transformadores para nós, gonçalenses. Não podemos nos omitir neste momento. Não votar é a mesma coisa que virar as costas para o município. Por isso, repito: busquem informações sobre os candidatos, pesquisem o histórico de cada um, verifiquem quais os benefícios que trouxeram para a cidade ao longo dos últimos anos. Eu acredito na construção de uma São Gonçalo melhor e, para que isso ocorra, necessitamos de uma mudança de atitude e pensamento por parte de cada um de nós.

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