Na última quarta-feira (24), Roberta da Silva Ribeiro Moreira, 50 anos, recebeu alta do hospital Santa Marta, em Santa Rosa, Niterói. Internada desde o dia 14 de maio na unidade com infecção renal, foi submetida a uma operação e em seguida encaminhada à UTI.
Transferida para o quarto para se recuperar da cirurgia, começou a apresentar os sintomas de Covid-19 e retornou para a UTI. Naquele ala do hospital, presenciou uma guerra de profissionais na linha de frente no combate ao inimigo chamado Coronavírus, que já fez 178 vítimas em Niterói e 348 em São Gonçalo até a última quinta-feira (25)
Nos quarenta dias em que esteve lutando pela vida, a moradora do bairro Amendoeira em São Gonçalo, viveu momentos de desespero.
“Teve uma vez que segurei no braço de um médico e pedi pelo amor de Deus para me tirar daquele lugar, pois tenho filhas e marido. Estava lúcida mas ver pessoas morrendo, mexeu comigo”, relembra.
Julyenne Ribeiro, sua filha de 28 anos, contou como foi conviver com esse inimigo invisível no tempo em que sua mãe esteve internada.
“A gente colocou toda nossa esperança no Senhor, crendo que ele faria o milagre acontecer, diante de toda dificuldade da situação da minha mãe, por ser do grupo de risco, ser hipertensa e diabética”, disse.
Já Fernanda Ribeiro, a filha mais velha, renasceu na última quarta-feira e contou o alívio que a família viveu.
“Foram momentos difíceis em que até campanha de doação de sangue foi feita. Mas só em saber que vencemos é motivo de uma alegria surreal. A quarta-feira dia 24, foi o melhor dia da minha vida, foi quando esse tormento da minha mãe chegou ao fim e teve um final feliz”, disse visivelmente emocionada.
Atualmente, Roberta está em casa em companhia do marido Luiz Cláudio e aguardando o dia de, enfim, poder abraçar as filhas Jullieny e Fernanda.
