Em uma audiência da CPI das Agências Reguladoras, realizada nesta quinta-feira (23) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado estadual Guilherme Delaroli (PL) fez duras críticas aos métodos de fiscalização do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro) sobre o transporte complementar, especialmente as vans.
Delaroli acusou os agentes do Detro de práticas abusivas e de aplicar um rigor excessivo nas fiscalizações de vans, enquanto as empresas de ônibus não são submetidas ao mesmo nível de controle. “Se tiver o mesmo rigor, vai faltar espaço e reboque para levar ônibus. Por que não age com o mesmo rigor com as empresas de ônibus?”, questionou o deputado diretamente ao presidente do Detro, Leonardo Matias. A resposta de Matias, admitindo que uma fiscalização rigorosa sobre todas as empresas de ônibus deixaria a população sem transporte, causou surpresa e indignação entre os presentes.
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O deputado destacou que tanto o serviço de ônibus quanto o transporte complementar são de utilidade pública e, portanto, deveriam ser tratados com igualdade nas fiscalizações. Ele denunciou episódios graves, incluindo disparos de arma de fogo contra vans durante ações do Detro, e criticou as empresas Rio Ita e Maravilha pelas condições precárias dos ônibus que operam em Itaboraí. “Ônibus com teto furado, pneu careca, sem ar-condicionado, mas o Detro só corre atrás de van”, afirmou Delaroli, evidenciando a disparidade nas ações fiscalizatórias.
A audiência reforçou a necessidade de uma revisão dos critérios e métodos utilizados pelo Detro, buscando um equilíbrio na fiscalização de todos os tipos de transporte público para garantir segurança e qualidade aos usuários.
