Na última quarta-feira (31), crianças e adolescentes do projeto Recria (Risco Social) apresentaram o espetáculo teatral “Quem Matou o Leão?” no auditório do Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), localizado no bairro Zé Garoto. A peça, dirigida e produzida por Julia Fernandes e Aureo Müller, é uma adaptação da obra da renomada dramaturga Maria Clara Machado e emocionou o público composto por familiares e profissionais do projeto.
Marisa Chaves, gestora do MMSG e mestre de cerimônias do evento, destacou a importância do trabalho dos diretores e dos jovens atores, que marcaram história ao realizar o primeiro espetáculo produzido por participantes de um projeto da instituição. Chaves enfatizou o papel do teatro como ferramenta de liberdade de expressão, interação social e formação cidadã, elogiando todos os envolvidos pela dedicação e sucesso da apresentação.
“A performance cênica é importante, contudo, fica em segundo plano quando vemos esses meninos expressando, com desenvoltura, os sentimentos, as emoções e falando em público. Isso comprova que atingimos o nosso objetivo. Estou muito feliz e emocionada. Eles se superaram. Essa foi uma das ações do projeto. Faremos outras oficinas e esperamos o mesmo sucesso”, afirmou a coordenadora técnica do Projeto Recria, a psicopedagoga Elisabeth Lourenço.
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Os diretores Aureo Müller e Julia Fernandes, estudantes de Artes Cênicas com habilitação em Direção Teatral na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trabalharam por três meses com os jovens, desenvolvendo técnicas teatrais e dinâmicas de interpretação. Inicialmente, a montagem de um espetáculo não estava prevista, mas a iniciativa ganhou vida ao perceberem o entusiasmo e potencial dos alunos. “Eles criaram o cenário, participaram da escolha dos figurinos e montagem do palco. Foi um sucesso. Estamos felizes, pois eles superaram todas as dificuldades e fizeram bonito no palco”, contou Müller.
Os pais e responsáveis presentes na apresentação também se emocionaram. Daniele Fernandes, socióloga e mãe do ator Arthur Fernandes, de 14 anos, elogiou a iniciativa, ressaltando a importância do teatro no desenvolvimento dos jovens. “O teatro tem a capacidade de agregar as pessoas e desenvolver os potenciais das crianças e adolescentes. Essa experiência foi muito importante na vida dos nossos filhos”, afirmou.
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