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terça-feira, abril 23, 2024

Covid-19: São Gonçalo já conta mais de 1.800 mortos desde o início da pandemia

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Neste sábado (17), o boletim de Covid-19 da Prefeitura de São Gonçalo registrou 1.812 óbitos no município de São Gonçalo. Com esses dados, a cidade segue por duas semanas seguidas registrando cerca de 100 mortes a cada sete dias.

O município é o segundo maior do estado em número de habitantes, sendo o segundo da Região Metropolitana com mais de um milhão de pessoas (está entre o 16º e 17º lugar do Brasil em população, segundo o IBGE).

Do início do primeiro óbito por Covid-19, registrado em março de 2020, até o início de janeiro, foram registrados 1.003 mortes. De janeiro até o dia 15 de março, esse número saltou para 1.500 vidas perdidas.

Neste sábado (17), o boletim divulgado pela prefeitura trouxe 65.920 curados, 95 hospitalizados na rede pública municipal de Saúde, 542 em quarentena domiciliar, 135 óbitos em investigação e 1.812 óbitos confirmados.

O número de casos confirmados saltou de 33.292 do início de janeiro para 68.369 no boletim atualizado.

Barreiras sanitárias em Niterói

Na quarta-feira (14), a Prefeitura de Niterói reativou as barreiras sanitárias nos principais pontos de acesso à cidade, como na Ponte Rio-Niterói e na Avenida Feliciano Sodré. A medida é mais uma tentativa de reduzir o número de casos de Covid-19, que estão deixando as redes pública e privada de Saúde com alta taxa de ocupação.

Na semana passada, o prefeito Axel Grael (PDT) já havia divulgado que o número de pacientes que dão entrada no Hospital Oceânico, unidade de referência no tratamento da doença, na faixa etária de 30 a 39 anos, já havia dobrado entre fevereiro e março. Uma das alegações de Grael é que, dos pacientes internados na cidade, 30% são de outros municípios, sendo que os pacientes de São Gonçalo representam 2/3 deste número.

Depois de ficar quase 10 dias internado, Fernando Francisco, de 23 anos, teve alta em Niterói e agradeceu (Reprodução)

Segundo a epidemiologista Ana Sodré, as cidades que apresentam uma rede de emergência relativamente estruturada sofrem com essa procura de pacientes dos municípios vizinhos, que estão com problemas de superlotação nas suas unidades.

“O atendimento de pacientes de outros municípios é uma situação crônica de todas as cidades que têm atendimento emergencial estruturado”, disse.

“O certo é que cada município invista, de acordo com a sua população, numa demanda de atendimento de saúde, tanto emergencial quanto ambulatorial para que outros municípios não sejam sobrecarregados”, sugeriu a médica, que trabalha na linha de frente das redes pública e privada da região.

Funcionária prepara vacina contra a Covid-19 em uma unidade de Saúde em São Gonçalo (Foto de divulgação)

Mesmo com decretos publicados com medidas restritivas e fiscalização atuando contra aglomerações, o dia-a-dia das cidades segue com números diferenciados. Niterói registrou, no boletim de quinta-feira (15), 33.122 casos confirmados. Ao todo, são 31.245 pessoas curadas, 475 em isolamento, 387 hospitalizadas e 1015 óbitos.

O professor do Departamento de Estatística Márcio Watanabe, autor da pesquisa da UFF intitulada “Detecção precoce da sazonalidade e predição de segundas ondas na pandemia de Covid-19”, acha interessante a tomada de medidas integradas entre cidades vizinhas, mas também alerta que às vezes é preciso deflagrar ações independentes.

Ações integradas de municípios vizinhos são mais eficazes. Porém, isso não quer dizer que um município não deve tomar medidas de controle como forma de resposta à pandemia porque os outros municípios não estão fazendo. Agora que a vacinação avança, medidas isoladas podem ajudar localmente a reduzir hospitalizações e óbitos”, frisou.

O seu estudo indica que, por meio da análise de dados da pandemia de mais de 50 países de setembro de 2020 até março de 2021, confirmaram-se as evidências de que a sazonalidade afeta a transmissão da Covid-19. A pesquisa, baseada em modelos matemáticos epidemiológicos, cujos resultados iniciais foram divulgados em reportagem anterior, abrangeu num primeiro momento dados referentes ao período compreendido entre março a agosto do ano passado.

De acordo com Watanabe, a pesquisa mostra que nos meses de março a maio de 2021, a pandemia tende a se agravar em países do hemisfério sul, em particular no Brasil, e também em países que seguem padrões sazonais semelhantes ao nosso, como Índia e Bangladesh:

“Aqui, o pico de óbitos será provavelmente em abril ou início de maio, com um valor estimado entre 3.000 a 5.000 óbitos diários. O valor real do pico dependerá da velocidade da vacinação nos próximos meses e das medidas de distanciamento adotadas”, alerta o pesquisador.

A Prefeitura de São Gonçalo prorrogou as medidas restritivas de proteção à vida no combate a coronavírus por mais sete dias, seguindo até 25 de abril. As escolas continuam funcionando em sistema híbrido (remoto e presencial), e as cirurgias eletivas oftalmológicas foram liberadas.

Mais informações no site da Prefeitura de São Gonçalo.

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1 COMMENT

  1. Infelizmente esse número de casos de mortes está acelerado em todo lugar, não podemos fazer uma avaliação boa hoje em dia em relação ao lugar onde a mortandade tenha diminuído. Apesar do número grande aqui em SG, acho que o prefeito Capitão Nelson está dando lágrima, sangue e suou para que não falte vacinas, para atualizar o calendário de vacinação, ele está correndo atrás para que esse número abaixe e que logo possamos ter uma vida normal novamente.

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