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quinta-feira, abril 25, 2024

Covid-19: Prefeito dá cartão vermelho para torcedores nos estádios

O prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, voltou atrás na sua decisão de liberar os estádios Maracanã, São Januário e Nilton Santos (todos na capital fluminense), mesmo durante a pandemia, para voltar a receber partidas de futebol com público.

Nesta quarta-feira (13), ele fez uma postagem no Twitter dizendo que essa medida será revogada por causa da impossibilidade de fiscalização do cumprimento das restrições sanitárias durante os jogos.

“A decisão de liberar os estádios com uma ocupação mínima de 1/10 está correta tecnicamente de acordo com nossa Secretaria de Saúde. No entanto, obviamente trata-se de medida quase impossível de ser fiscalizada. A medida será revogada”, escreveu Eduardo Paes em sua conta oficial no Twitter.

De acordo com a resolução, estádios com capacidade superior a 8 mil pessoas poderão operar com até 1/5 do total de assentos, caso a classificação de risco para contágio de Covid-19 na região seja considerada moderada ou com 1/10 se a classificação de risco for alta. O Maracanã, na Zona Norte do Rio, é considerado de risco de transmissão alta.

Neste caso, a capacidade oficial de público no estádio é de 78 mil pessoas e, num eventual jogo com torcida, poderia receber no máximo 7,8 mil torcedores.

Entre torcedores de São Gonçalo, a liberação dos estádios teve repercussão negativa.

“Essa doença é muito doida e se manifesta de várias formas diferentes em cada infectado. Acho, sinceramente, precoce o retorno da galera aos estádios. E apoio o Eduardo Paes”, comentou o mecânico naval Cláudio Luiz Moreira Vieira, de 57 anos, morador do Porto Velho e torcedor do Flamengo.

Já para o empresário tricolor Jorge Luiz Corrêa Marins, de 60, a intenção foi boa, mas equivocada.

“Acredito ser temerário, pois a doença chegou novamente com força e os relatos da imprensa são de aumento de mortos e contaminados pela Covid-19. Quanto à decisão de revogar, acredito que não deveria nem ser publicada no D.O. a abertura para o público, mas como foi tem que ser revogada mesmo”.

E concluiu: “Apesar do equívoco, tudo será melhor assim, sem público, pois o pior é a fiscalização, o que deve ser impossível de se fazer num jogo no Maracanã”.

 

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