A angústia de ter um parente desaparecido pode terminar com ajuda da ciência. Nesta semana, de hoje (14) a sexta-feira (18), o Governo Federal promove uma campanha em todos os estados do país para incentivar a coleta de material biológico de familiares de pessoas desaparecidas.
O objetivo da campanha é, por meio de atualização de dados, trazer respostas a essas famílias. Os moradores de Maricá, Niterói e São Gonçalo podem procurar o Instituto Médico Legal (IML), localizado na Travessa Garcia D’Ávila, 51, no Barreto (próximo à loja Leroy Merlin) com o registro de ocorrência do desaparecimento nas mãos para coletar o material genético. O horário de atendimento é das 9h às 12h e das 14h às 17h.
“Esperamos que as pessoas encontrem seu ente querido, no entanto, ainda não sabemos se essa campanha vai se repetir, mas dependendo do sucesso e dos resultados alcançados, acredito que Ministério da Justiça vai promover outras mais”, diz Thiago Dutra Vilar, 43 anos, diretor do posto do IML de Niterói.
De acordo com a campanha, a coleta do material genético é de dois familiares de primeiro grau da pessoa desaparecida. A ordem de preferência é: pai e mãe, filhos e por último irmãos.
A coleta é feita por meio da amostra de salivas. Caso os familiares tenham itens de uso pessoal do desaparecido, como escova de dentes, aparelho ortodôntico, além de amostras de cordão umbilical e dente de leite, podem entregar no dia da coleta.
Depois disso, os peritos vão fazer o cruzamento de cada material genético com os disponíveis no banco de dados nacional, que é atualizado diariamente, com perfis genéticos de pessoas vivas que por alguma razão tenham se perdido ou de pessoas falecidas sem identificação. No caso do resultado positivo para uma pessoa viva, a família será informada sobre a localização da pessoa que procura. No caso de resultado positivo para alguém que tenha falecido, o IML entrará em contato para realizar os procedimentos legais.
Registro é fundamental
É importante que os parentes levem os próprios documentos de identidade, além do registro de ocorrência do desaparecimento do procurado feito em uma delegacia. Caso a pessoa tenha desaparecido há muitos anos e o caso não tenha sido registrado, a orientação da Polícia Civil é que o parente procure uma delegacia mais próxima e registre a ocorrência, independentemente do tempo que tenha passado.