Agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo vão investigar uma suposta ameaça sofrida pelo advogado Ângelo Máximo, assistente de acusação do caso Flordelis. Ele afirma que um segurança da parlamentar simulou uma arma com as mãos para tentar intimidá-lo no Fórum de Niterói.
As ameaças teriam ocorrido durante os depoimentos das testemunhas de acusação do processo sobre a morte do pastor Anderson do Carmo. Além da deputada federal Flordelis, os outros 10 réus do caso participaram da primeira audiência de instrução na última sexta-feira no Tribunal do Júri de Niterói. Ângelo Máximo afirma que, durante sua explanação, percebeu que um homem no plenário tentava intimidá-lo simulando uma arma com a mão.
Em um documento encaminhado à Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o advogado narra o episódio: “Vi em diversas oportunidades esse cidadão olhar em minha direção gesticulando com a mão, como se fosse uma arma, apontada para a cabeça, fazendo o sinal de positivo com a cabeça”. Ele ainda afirma que inicialmente achou que se tratava de coincidência, mas o gesto passou a se repetir inúmeras vezes. E finaliza classificando o ato como uma afronta à democracia e ao Judiciário Fluminense.
Esta não foi primeira ameaça sofrida pelo advogado desde quando foi nomeado assistente de acusação pela família de Anderson do Carmo. A Polícia Civil já investiga outras cinco tentativas de intimidação, ocorridas desde o início do ano. Desde então, Ângelo Máximo teve que mudar de endereço e até de carro. Além de comunicar o episódio ao Ministério Público e à Justiça, ele fez na tarde desta segunda-feira (16) um registro formal de ameaça na DH.
Cinco testemunhas de acusação foram ouvidas durante a audiência de sexta-feira. Entre elas a delegada Bárbara Lomba, que chamou a atenção ao dizer que havia relações sexuais entre diferentes integrantes da família Flordelis. Já o delegado Allan Duarte foi categórico ao dizer que, para a polícia, não há dúvidas de que Flordelis foi a mandante da morte do marido.
