Olá, meu nome é Luciano Roberto, sou pessoa com deficiência física no braço esquerdo, bacharel e profissional de Sistemas da Informação e cria do bairro do Alcântara, a partir de hoje temos um encontro marcado aqui portal no Lado de Cá!

Nessa nossa coluna, vou escrever um pouco sobre a vida das pessoas com deficiência em nossa cidade, sobre a inclusão em diversos sentidos, sobre tecnologias que podem ajudar o nosso dia a dia e, principalmente, sobre a nossa cidade.

Foto: Arquivo Pessoal / Luciano Roberto

Para começarmos a nossa conversa, gostaria de trazer uma breve reflexão aqui para você: Já pensou como é ser uma pessoa com deficiência em São Gonçalo? Pois é, se você enfrenta diversas dificuldades aqui todos os dias, e eu tenho certeza que enfrenta, já pensou fazer o que você faz no seu dia a dia sem um braço, ou uma perna, talvez sem a visão…

Falando assim, parece horrível, não é? Mas essa é a minha realidade e de muitos outros irmãos PCDs que vivem em nossa cidade. Segundo o IGBE, no último censo realizado em 2010, 26,11% da nossa população declarava ao menos ter uma deficiência, tem noção que quase 1/3 da nos cidade se declarava pessoa com deficiência… imagine hoje que a população aumentou!?

Se você, por exemplo, já dirigiu um carrinho por uma calçada de São  Gonçalo tem uma mínima noção do que um cadeirante precisa fazer para conseguir se locomover por nossa cidade, se já andou em um ônibus de uma porta, provavelmente já viu uma pessoa com deficiência tendo seu passe livre recusado, ou algum ônibus com o elevador para cadeiras de rodas quebrado. É sobre essas coisas que eu gostaria que você refletisse.

E não se trata de ver nós pessoas com deficiência como coitados ou heróis, nós nem queremos isso, o que queremos é ter direito à cidade e aos serviços mais básicos, como cada gonçalense deveria ter. Vamos falar mais sobre isso nas nossas próximas conversas. Pra finalizar nossa bate-papo, queria deixar um pequeno desafio: amanhã quando você acordar, tente fazer uma atividade que você faz todo dia, tipo lavar a louça, ou pegar um ônibus, o que você se sentir mais a vontade pra fazer, mas faça como se você tivesse alguma deficiência, esse exercício vai te dar uma pequena noção do que a gente encara todo dia e acredite, a maioria de nós já tá acostumado e tira de letra!

Te convido a continuar conosco nos próximos bate-papos e compartilhar essa
coluna para pessoas com ou sem deficiência!
Grande abraço a todos!

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