100 PMs foram baleados no Grande Rio em 2022, segundo instituto  

A Região Metropolitana do Rio de Janeiro chegou a 100 policiais militares baleados em 2022. Entre os policiais vítimas, 40 morreram e 60 ficaram feridos. É o que mostra o levantamento do Instituto Fogo Cruzado.

O elevado número de policiais baleados reflete os riscos aos quais os profissionais da categoria são expostos diariamente. Dos 100 policiais, 52 foram atingidos quando estavam em serviço: 12 deles morreram e outros 40 ficaram feridos.

O risco também gera consequências para a saúde mental. Até 2019, um levantamento mostrava que a Polícia Militar do Rio de Janeiro contava, em média, com um psicólogo para cada 577 policiais militares na ativa.

Maria Isabel Couto, diretora de Dados e Transparência do Instituto Fogo Cruzado, alerta ainda para o número de policiais baleados (49), quando estavam fora do ambiente de trabalho.

“O governo não produz dados sobre seus agentes vítimas da violência quando estão fora de serviço. O Fogo Cruzado monitora esse dado há seis anos porque ele é fundamental para entender como os policiais estão expostos, mesmo fora das corporações. São dados estarrecedores que não podem ficar escondidos. Deveria ser uma preocupação do poder público proteger seus agentes. Uma política de segurança pública comprometida com a vida dos agentes precisa tomar isso em conta”, argumentou.

Este ano  34 policiais foram baleados quando estavam de folga (18 mortos e 16 feridos) e outros 13 eram aposentados ou exonerados (nove mortos e quatro feridos).

O Rio de Janeiro foi o município da Região Metropolitana a concentrar a maior parte das vítimas. Foram 62 baleados na capital fluminense: 22 mortos e 40 feridos. Duque de Caxias, (10 baleados), São Gonçalo (6), Belford Roxo (5) e Maricá (4) completaram o ranking.

O Fogo Cruzado é um Instituto que usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada do Rio, Recife e Salvador. Através de um aplicativo de celular, o Fogo Cruzado recebe e disponibiliza informações sobre tiroteios, checadas em tempo real, no único banco de dados aberto sobre violência armada da América Latina e que pode ser acessado gratuitamente pela API do Instituto.

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